Wednesday, August 02, 2006

The Triumph of The Consumer

"Nossa cabeça é redonda para permitir ao pensamento mudar de direção" - Francis Picabia

É claro que não se trata de uma homenagem a Leni Reinfhestal, mas o fato da AOL anunciar o fim do seu modelo de "assinatura", ao menos para quem tem banda larga, é um marco histórico importante. Daqui em diante, a empresa vai tentar sobreviver com a venda de publicidade e serviços agregados. (http://www.forbes.com/business/manufacturing/feeds/ap/2006/08/02/ap2921322.html).

Durante boa parte da década de 90, a AOL foi sinônimo de Web para os americanos. Apesar de seu fracasso na América Latina, fruto da síndrome New York, New York (mais ou menos o seguinte: se este modelo triunfou nos EUA, vai triunfar em qualquer lugar), é bom lembrar que em 2001 a compra da Time-Warner pela AOL foi saudada como um sinal inequívoco do triunfo da "Nova Economia" sobre os "dinossauros" da velha. O fim da "bolha", a difusão da banda larga e a explosão dos softwares de "auto-expressão" (blogs, comunidades, fotoblogs, videoblogs, etc) tiveram o impacto de um meteoro sobre os modelos de negócios digitais. O resultado foi que a AOL não conseguia mais competir com a velocidade de inovação do Google, a agilidade comercial do Yahoo e a musculatura da MSN.

Claro que o jogo não acabou para a empresa (até porque tendo o conteúdo da Time-Warner e a capilaridade de distribuição de cabos da Adelphia, ela é um adversário de respeito). Mas a competição vai pela atenção do consumidor (e do relacionamento com ele) vai se tornar mais brutal. Melhor para os anunciantes e internautas em geral.

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