Wednesday, August 30, 2006

Uma boa discussão...

Na nossa aula de ontem: o que vai acontecer com os " intermediários da comunicação"? Lembrem-se que oportunidades e riscos são, de certa maneira, irmão siameses. Por exemplo, ao mesmo tempo que a Web é um risco para as assessorias de imprensa tradicionais, é uma oportunidade para aquelas que incorporarem de forma ativa uma gestão de crises junto a mídia gerada pelo consumidor (blogs, comunidades, etc) --esse é um espaço que as corporações estão apenas começando a tatear, portanto o potencial de crise pode ser grande. "Conter" problemas desse gênero apenas no espaço virtual, evitando que "contaminem" a mídia de massa é uma opção válida?

Wednesday, August 02, 2006

The Triumph of The Consumer

"Nossa cabeça é redonda para permitir ao pensamento mudar de direção" - Francis Picabia

É claro que não se trata de uma homenagem a Leni Reinfhestal, mas o fato da AOL anunciar o fim do seu modelo de "assinatura", ao menos para quem tem banda larga, é um marco histórico importante. Daqui em diante, a empresa vai tentar sobreviver com a venda de publicidade e serviços agregados. (http://www.forbes.com/business/manufacturing/feeds/ap/2006/08/02/ap2921322.html).

Durante boa parte da década de 90, a AOL foi sinônimo de Web para os americanos. Apesar de seu fracasso na América Latina, fruto da síndrome New York, New York (mais ou menos o seguinte: se este modelo triunfou nos EUA, vai triunfar em qualquer lugar), é bom lembrar que em 2001 a compra da Time-Warner pela AOL foi saudada como um sinal inequívoco do triunfo da "Nova Economia" sobre os "dinossauros" da velha. O fim da "bolha", a difusão da banda larga e a explosão dos softwares de "auto-expressão" (blogs, comunidades, fotoblogs, videoblogs, etc) tiveram o impacto de um meteoro sobre os modelos de negócios digitais. O resultado foi que a AOL não conseguia mais competir com a velocidade de inovação do Google, a agilidade comercial do Yahoo e a musculatura da MSN.

Claro que o jogo não acabou para a empresa (até porque tendo o conteúdo da Time-Warner e a capilaridade de distribuição de cabos da Adelphia, ela é um adversário de respeito). Mas a competição vai pela atenção do consumidor (e do relacionamento com ele) vai se tornar mais brutal. Melhor para os anunciantes e internautas em geral.

Tuesday, August 01, 2006

IP Boomers?

Jeffrey Taylor, criador do Monster.com (um dos primeiros e mais bem-sucedidos sites de empregos da era pré-bolha) criou um novo site, eons.com, voltado para as pessoas de mais de 50 anos. Lá embaixo eu falei dos teens, mas existe outro público que pode se beneficiar muito da rede (e sobre o qual seu uso tem interessantes consequências comerciais e sociais): os baby-boomers, a geração de americanos nascida pós-segunda guerra, que conseguiu juntar recursos razoáveis para sua aposentadoria.

São pessoas afluentes, que demandam muitas informações sobre saúde, lazer e investimentos, com tempo livre e em muitos casos solitárias (não por acaso, o site tem um espaço para "relacionamentos"). Enfim, um público restrito, mas com alto potencial de uso. É claro que na situação brasileira, com a maioria dos nossos aposentados recebendo uma miséria (e tudo indica que o pior ainda está por vir...) dificilmente uma iniciativa como esta se sustenta.

O site só aceita pessoas com mais de 50, mas faça como eu: acrescente 20 anos a sua idade e registre-se (vale para usar a calculadora de expectativa de vida: a minha deu 87 anos, o que também ajuda a dimensionar a reserva financeira que preciso ter na previdência privada...)